Igreja e Santidade


Livro da origem de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão:

Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos, Judá gerou Farés e Zara, de Tamar, Farés gerou Esrom,  Esrom gerou Aram, Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon, Salmon gerou Booz, de Raab, Booz gerou Jobed, de Rute, Jobed gerou Jessé, Jessé gerou o rei David.

David gerou Salomão, daquela que foi mulher de Urias, Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa, Asa gerou Josafá, josafá gerou Jorão, Jorão gerou Ozias, Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias, Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon, Amon gerou Josias, Josias gerou Jeconias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilónia.

Depois do exílio na Babilónia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel, Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor, Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud, Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matã, Matã gerou Jacó, Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus chamado Cristo” (Mt 1,1-16).


Não é suficiente descender de um tronco comum para se ser família. É necessário que as raízes de sangue sejam sedimentadas por laços de Amor. É por esta razão que S. Mateus, ao iniciar o seu evangelho, nos apresenta a genealogia de Jesus Cristo pelo ramo de José, esposo de Maria. No entanto, José só pode ser considerado pai de Jesus no sentido em que assume uma paternidade responsável, fundada no Amor e obediência a Deus.

Quando Deus vem ao encontro do ser humano, fazendo-se homem em Jesus Cristo, Ele traz-nos uma Lei Nova, fundada no Amor (cf. Mt 5,20-43), que é superior a essa de talião (cf. Dt 19,21). A esta Lei Nova tudo e todos estão sujeitos. A sua prática leva à união com Deus (cf. Jo 17,11b); por ela se reconhecem os discípulos de Jesus (cf. Jo 13,35); e é por ela que tudo e todos serão santificados (cf. 1Cor 15,28).

A santidade foi encarada como união com Deus, desde os inícios do cristianismo. Muitos santos procuraram esta via unitiva, pela oração, fundada na fé; mas também pelas obras de justiça, fundadas na caridade (amor altruísta, incondicional).

O Concílio Vaticano II vem relembrar-nos, já em meados do século XX, que todos somos chamados à santidade (Lumen Gentium n.39: “todos na Igreja, […] são chamados à santidade”), em conformidade com o que já afirmara S. Paulo (cf. 1Tess 4,3; Ef 1,4). É esta santidade que caracteriza a Igreja de Jesus Cristo e faz dela uma família (LG, 51: “todos os que somos filhos de Deus, e formamos em Cristo uma família, ao comunicarmos na caridade mútua e no comum louvor da Trindade Santíssima, correspondemos à íntima vocação da Igreja e participamos, prelibando-a, na liturgia da glória”).    


Fernanda Alves Afonso Grieben

[email protected]

Sou pintora, originária do Norte de Portugal, mas resido atualmente na Alemanha. Também gosto de escrever textos literários, sobretudo para a infância. Faço-o, principalmente, para mim própria. No entanto, alegro-me sempre que encontro uma possibilidade de partilhar a minha escrita com as demais crianças, de todas as idades. Sou Mestre em Teologia (UCP); Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – variante de Estudos Portugueses e Doutorada em Estudos Portugueses, na especialidade de Literatura Portuguesa (UAb).

No Comments

Post a Comment