Conversão e Penitência…
…nos Sermões Dominicais de Santo António de Lisboa
RESUMO: Nos Sermões Dominicais de Santo António de Lisboa, o tema da conversão surge estritamente ligado a um determinado itinerário penitencial. Analisando o sacramento da penitência – que se desdobra em contrição, confissão e satisfação –, acompanharemos esse percurso apontado pelo autor, explicitando a forma como o Santo concebe o pecado e salientando a importância que atribui às consequências do mesmo.
Palavras-chave: Santo António de Lisboa; Sermões Dominicais; Conversão; Penitência; Pecado.
1. Conversão e Itinerário Penitencial. No Sermão do Primeiro Domingo depois da Oitava do Natal do Senhor, Santo António deixa-nos uma mensagem de conversão sob a forma de apelo: “Aprende onde está a sabedoria”[1].
Desligando-se de Deus pelo pecado, o ser humano perde a orientação interior, que o deveria guiar, ao longo do seu caminho, na Terra. De livre vontade, terá, então, de procurar a sabedoria – o temor de Deus –, para se reencontrar, para regenerar a sua natureza humana marcada pelo pecado. Jesus Cristo ajuda-o nesta tarefa. Como verdadeira sabedoria de Deus, Ele é o único mediador entre Deus e os homens, tendo vindo à Terra para “libertar o homem, demonstrar livre a natureza humana ao assumi-la”[2]. No entanto, esta adesão ao Cristo da fé passa também pela boa vontade que o ser humano deve demonstrar em se converter, pela obediência: “santificado pelo Senhor com a santidade de consciência, mediante a mortificação da vontade própria, e com a grandeza de vida, mediante a execução de ordem alheia”[3]. Será, pois, prescindindo da sua vontade própria que o homem pecador deve iniciar o seu itinerário penitencial, no qual a confissão dos pecados ocupa um lugar central: “Devemos então proceder como o cisne, que morre a cantar”[4]. É confessando todos os pecados e suas circunstâncias[5], de modo que não fique nenhum pecado na consciência; e fortalecendo a boa obra, de modo que confie, não em si, mas no Senhor, de quem procede todo o bem[6], que o penitente, purificando-se do velho fermento, anunciará de coração sincero a nova ressurreição[7]. Desta forma, a confissão – nascida da contrição[8] – levará o pecador, por fim, a repousar na satisfação da penitência, na qual ele será iluminado pelo sol da justiça, Jesus Cristo[9].
A finalidade do percurso descrito será a obtenção da Graça[10], por parte dessa alma que, elevada dos bens terrenos[11], cresce em humildade e caridade, que a saciam[12]. Será seguindo esta ordem de ideias que Santo António poderá, então, falar do triplo estado dos bons: o dos principiantes, o dos proficientes e dos perfeitos: “Os principiantes, preparados pela graça gratuita, comem o que nasce espontaneamente […]. Os proficientes alimentam-se dos frutos das boas obras para que a boa vontade, antes no afeto, passe ao efeito da obra. Os perfeitos, porém, abundam de uma plenitude de todo o género”[13]; especificando que, “quando a humildade floresce no espírito e a honestidade nas obras, então engorda o gafanhoto, figura da alma do humilde, que dá o salto da contemplação”[14]. Contudo, ao longo deste itinerário, um grave obstáculo pode surgir, por isso, Santo António exorta: “Levantai o estandarte sobre esse monte coberto de trevas”; e explica: “o monte coberto de trevas é o diabo”[15]. Aquele que desde o princípio, por tanto amor-próprio que tinha, invejara a posição de Deus: “Árvore, assim chamada de ‘robur’, força, significa o poderoso deste mundo, que, no dizer de Job, estendeu a sua mão contra Deus e se fez forte contra o Omnipotente”[16]. É a «soberba», nas palavras do Santo, que conduz, ou tenta conduzir, o ser humano desprevenido ao mesmo caminho que o diabo escolheu para si próprio. Há que ter cuidado! Daí que os pregadores levantem sobre ele o estandarte, quando o pregam vencido pela força da Cruz[17]. Assim sendo, os pregadores, ou seja, aqueles que têm por principal missão o ensino e propagação da mensagem cristã, apresentam-se como a principal força de Cristo crucificado, ressuscitado e para sempre vivo, naqueles que o amam e que deverão conduzir outros ao mesmo amor.
Pelo que ficou dito, poder-se-á, talvez, compreender melhor a razão da crítica severa que Santo António dirige, nos seus Sermões, “aos prelados e pregadores perversos”, cujo “espírito não engravida com a Graça do Espírito Santo”, permanecendo “estéril de boas obras, sem filhos, e desta forma os seus úberes, isto é, a ciência de ambos os Testamentos, por eles pregada, é seca e infrutuosa”[18]. Donde se depreende que os pregadores são os primeiros a serem chamados à conversão, que se opera do seguinte modo: “O primeiro pão é detestar o pecado na contrição; o segundo é revelá-lo na confissão; o terceiro é a miséria e a humilhação de si mesmo na satisfação; o quarto é o zelo das almas na pregação; o quinto é a doçura da Pátria Celeste na contemplação”[19]. Só desta forma, “Os pregadores santos dizem-se nuvens, porque leves exonerados das coisas terrenas; chovem com palavras, trovejam com ameaças, coruscam com exemplos, voam para o Céu com as penas das virtudes. E como pombas simples estão às janelas, guardando os cinco sentidos do seu corpo, a fim de que a morte não entre na casa da alma”[20].
[1] ANTÓNIO DE LISBOA, Santo – Obras Completas: Sermões Dominicais e Festivos. Porto: Lello & Irmão, 1987, II, p. 506. Todas as referências que dizem respeito a esta obra serão, a partir daqui, abreviadas da seguinte forma: S. seguido do número de volume e número de página.
[2] S., II, p. 119.
[3] S., II, p. 517.
[4] S., I, p. 172.
[5] Cf. S., I, p. 100.
[6] Cf. S., II, pp. 538-539.
[7] Cf. S., I, p. 277.
[8] Cf. S., II, p. 543.
[9] Cf. S., I, p. 256.
[10] Cf. S., II, p. 497.
[11] Cf. S., I, p. 88.
[12] Cf. S., I, p. 294.
[13] S., II, pp. 497-498.
[14] Cf. S., II, p. 560.
[15] S., II, p. 523.
[16] S., II, p. 518.
[17] Cf. S., II, p.523.
[18] Cf. S., II, p.471.
[19] S., I, p. 218.
[20] S., II, p. 490.
2. Penitência e Pecado. A principal consequência do pecado é a perda da graça do Espírito Santo. Sem ela, o homem perde a ‘chave’, que é a discrição, com que o justo fecha e abre o abismo dos pensamentos. Fecha, quando os reprime; abre, quando discerne[1]. E, sem discernimento, a alma do homem pecador torna-se cativa do diabo[2]; já que o pecado torna o homem prisioneiro da matéria: “O mundo liga pela vaidade; a carne, pelo prazer. A vaidade do mundo consiste na soberba e na avareza; o prazer da carne, na gula e na luxúria”[3]. Santo António fala-nos, então, de quatro espécies de pecadores: os soberbos, os luxuriosos, os avarentos e os iracundos[4]. A permanência nestes estados pecaminosos desvia o ser humano de Deus, e de si próprio. Para os superar, porém, existem quatro virtudes, que deverão ser cultivadas, permanentemente, pelo pecador que pretenda regenerar-se: “A humildade, a pobreza, a paciência e a obediência”[5]. Este propósito de regeneração, interior e exterior, é de capital importância. Sem ele, o pecador está perdido, porque todos aqueles que não fizeram verdadeira penitência dos pecados cairão com os poderosos, que são os príncipes e potestades deste século, no inferno, lugar dos mortos[6].
Vimos, até aqui, como a alma se destrói; vejamos, agora, como se reedifica[7]. Escreve o Santo: “A fé no Verbo Encarnado é a proteção e a defesa dos penitentes”[8].
É em Jesus Cristo, mediador entre Deus e os homens, que devemos depositar toda a nossa fé e esperança de salvação. Não foi Ele, porventura, quem esteve no campo do mundo a lutar contra o diabo? E, vencendo-o, não foi Ele quem lhe tirou da mão o homem, reconciliando-o com Deus Pai[9]? Ele é o nosso Redentor, e as Suas obras são a criação e a recriação[10]. São elas que nos ensinam a amar a Deus, enquanto o juízo final nos ensina a temê-lo, “a fim de que tenhamos esperança pela paciência e consolação, que tiramos das Escrituras”[11]. Neste espírito de fé e esperança, nasce o penitente, que descobre – convertido e dolorosamente arrependido do pecado – que a penitência é como uma mãe que tem dois seios: a dor na contrição e a tribulação na satisfação; e que esta mãe lhe dá uma irmã que é a pobreza e um irmão que é o espírito de humildade[12].
[1] Cf. S., II, p. 287.
[2] Cf. S., II, p. 429.
[3] S., II, p. 445.
[4] Cf. S., II, p. 435.
[5] S., II, p. 234.
[6] Cf. S., II, p. 439.
[7] Cf. S., II, p. 229.
[8] S., II, p. 469.
[9] Cf. S., II, p. 475.
[10] Cf. S., II, p. 445.
[11] Cf. S., II, p. 447.
[12] Cf. S., II, p. 512.
3. Penitência e Contrição. O Itinerário penitencial pressupõe três etapas fundamentais: a contrição, a confissão e a satisfação. A contrição, primeiro estádio de regeneração do pecador, é caracterizada por um arrependimento sincero e profundo dos pecados cometidos, no qual se inclui o firme propósito de não voltar a pecar. Na contrição – que Santo António diz ser «germe do Senhor» –, o espírito do pecador é iluminado pelo «sol da graça», que deste modo desperta para a luz da verdade, saindo das trevas. É mediante o coração contrito que o pecador toma consciência das “coisas mais profundas, os vícios, que estão longe do fundo da suficiência (porque nunca dizem basta, mas sempre: Mais, mais) ”[1], ou seja, toma consciência do pecado e das suas consequências; ao mesmo tempo que se apercebe que “tudo é limpo, tudo é perdoado no sangue da contrição” (mesmo que a contrição só seja eficaz se houver no pecador “o propósito de se confessar”), uma vez que “sem o sangue da contrição […] não há remissão do pecado”[2]. O sangue da contrição surge “quando o Senhor trespassa a alma com a espada da sua Paixão”[3], o que provoca no pecador o choro amargo que repele os espíritos imundos, “assim como o fumo repele as abelhas, afastando os demónios, que rodeiam a alma como as abelhas rodeiam o favo”[4]. Santo António esclarece, no entanto, que existem dois tipos de contrição, a interior e a exterior, que se interligam: “Pelos sinais exteriores do penitente se conhecem os sinais interiores da contrição. A castidade no corpo, a humildade no trabalho, a abstinência no alimento, a vileza no vestido são prenúncios da santificação interior”[5].
[1] S., II, p. 529.
[2] S., II, p. 425.
[3] S., II, p. 529.
[4] S., II, p. 513.
[5] S., II, p. 425.
4. Penitência e Confissão. A confissão é, de facto, o momento glorioso do trajeto penitencial. Santo António dedica-lhe uma atenção muito especial, elucidando ser ela gerada da contrição, e a sua beleza consistir na castidade e na claridade: “na castidade, para que todos os pecados sejam manifestos a um só sacerdote e não se distribuam por vários; na claridade, para que o confidente se banhe em lágrimas, que clarifiquem a sua consciência”[1]. É a consciência moral que move o penitente, iluminada pelo sol da justiça: Jesus Cristo. É ela o leme da “barca da penitência, que nos permite passar da margem da mortalidade para a da imortalidade” e é nesta barca que “a confissão deve ser ligada à contrição, como a vela se liga ao mastro”[2]. Neste sentido, é ao homem justo que Deus dá o seu juízo, para que ele mesmo se julgue, a fim de que Deus não encontre nele matéria de condenação[3]. Também na confissão, deve haver o firme propósito de não recair no pecado, como já vimos, e “Se a confissão não mostrar esta estrela, não deve de forma alguma aplicar-se a penitência”[4]. Isto porque, confessando-se, o pecador deverá sentir a libertação do pecado e da sua escravidão; experienciando ser “Jesus Cristo, Deus e homem, que liberta de toda a enfermidade a alma do que se confessa”[5]. Esta enfermidade da alma manifesta-se, muito particularmente, no estado de dependência do pecador em relação ao pecado: “Os prazeres da carne e a vaidade do mundo são as cadeias que ligam a alma ao pescoço e a retêm cativa, a fim de não poder sair à liberdade da confissão”[6]. O ato de confessar o pecado e suas circunstâncias, por si, é um ato de liberdade humana, que renova o espírito do homem[7]. É a aurora depois de uma longa noite da cegueira do espírito[8]: “O dia é a iluminação da graça. Ela nos ilumina e depois de iluminados entoamos um cântico”[9]. Por isso, Santo António pode afirmar que “a confissão produz estes três efeitos: branqueia a alma, circuncida o supérfluo e a chorar canta a melodia: A minha alma está triste até à morte”[10]; acentuado que o cântico da confissão é “a voz da santa solenidade, porque santifica o pecador, de cuja conversão os anjos rejubilam”[11].
Na confissão, o sacerdote deve perguntar ao pecador se está disposto a praticar quatro coisas – para saber se deve dar-lhe a penitência e absolvê-lo, ou não. São elas: “Se tem dor e arrependimento dos pecados por atos e omissões; se humildemente quer observar a penitência imposta por ele; se tem o firme propósito de não voltar no futuro a pecar mortalmente; se está disposto a satisfazer ao próximo, a perdoar-lhe de coração e amá-lo”[12]. Porque, quando se dói e se arrepende, o pecador dilata-se para o Oriente, sendo iluminado pelo sol da justiça.
Não conhecendo a simulação, a verdadeira confissão deve revelar a verdade da consciência, na presença do Altíssimo e do seu confessor; ao mesmo tempo que combate os quatro inimigos da confissão: “o amor do pecado, a vergonha de o confessar, o medo da penitência, o desespero do perdão”[13]. Por esta razão, “o pecador convertido, começando a fazer penitência, deve antes colocar no altar do seu coração o conjunto dos padecimentos de Cristo: os flagelos, as bofetadas, os escarros, a cruz, os cravos, a lança, e depois, na confissão, manifestar o pecado e dividir minuciosamente as suas circunstâncias: qual terá sido a sua origem e quanto deleite e amor nele houve. Deve ainda lavar com a água das lágrimas a impureza do pensamento e das obras. Se tudo isto assim for ordenado e colocado sobre o conjunto dos sofrimentos de Jesus Cristo, ele mesmo, que é o sumo sacerdote, ateia o fogo do seu amor, que devorará todos os pecados. Então o próprio penitente se tornará em holocausto, se transformará todo numa brasa, nada para si reservando de si, mas sujeitando-se todo à servidão do Senhor, para ser o bom odor de Cristo em todo o lugar. Assim mostrará o seu corpo como hóstia viva: hóstia, porque morto ao pecado; viva, porque vivo para a justiça”[14].
[1] S., II, p. 543.
[2] Cf. S., II, pp. 229-230.
[3] Cf. S., II, p. 288.
[4] S., II, p. 284.
[5] S., II, p. 284.
[6] S., II, p. 442.
[7] Cf. S., II, p. 413.
[8] Cf. S., II, p. 529.
[9] S., II, p. 467.
[10] S., II, p. 412.
[11] S., II, p. 468.
[12] S., II, p. 492.
[13] S., II, p. 539.
[14] S., II, p. 549.
5. Penitência e Satisfação. A satisfação encontra-se estreitamente ligada aos dois estádios anteriores. O elo de ligação é o espírito da graça que o Senhor infunde no pecador, fazendo nascer no seu coração “o soro da compunção, da qual se gera e nutre o nervo do bom afecto e da boa vontade, que estabelece a junção e ligação de todo o corpo das boas obras”[1]. Daí, Santo António exortar o pecador desta forma: “Levanta-te ao mesmo tempo com a alma e com o corpo a obras de penitência”[2]. É, pois, com a alma que “o fruto da penitência é sublime, quando o penitente é humilde, humilhando-se ao sublime e humilde verdadeiro sol, Cristo, que ofuscou com o cilício da nossa mortalidade o esplendor da sua luz”[3]; e com o corpo, porque “O ventre vazio e o vestido vil intercedem afectuosamente a Deus”[4]. Desta forma, “assim como o orvalho refrigera o calor e a luz afugenta as trevas, também a abstinência refrigera o ardor da gula e dos vícios e afugenta as trevas da mente”[5]. Esta mortificação, porém, não será por si suficiente se não existir no penitente a dimensão caritativa e fraterna que assenta no Amor e temor de Deus: “Do monte da confissão o penitente leva a madeira da satisfação. Assim como no madeiro da cruz de Cristo houve comprimento, largura, altura e profundidade, também na madeira, na cruz da penitência, deve o comprimento da perseverança final, a largura da caridade, a altura da esperança, a profundidade do temor”[6].
[1] S., II, p. 522.
[2] S., II, p. 442.
[3] S., II, p. 414.
[4] S., II, p. 427.
[5] S., II, p. 455.
[6] S., II, p. 543.
Conclusão. Em conformidade com o pensamento teológico de Santo António de Lisboa, não parece possível separar a penitência, enquanto sacramento, do processo de conversão que o ser humano tem de realizar, para restabelecer uma relação de amor e verdade com Deus, que foi, anteriormente, por si próprio quebrada. Nos seus Sermões Dominicais, está patente o papel que desempenha Jesus Cristo – Deus e homem – nesta conversão do pecador, que tenta recuperar a sua imagem deformada pelo pecado. Ele é o Redentor que liberta o homem da escravidão da matéria; é Ele a verdadeira ‘Sabedoria de Deus’ que ajuda o ser humano a discernir, iluminando a sua consciência.
Sem uma relação de fé com Deus – que se baseia na confiança que se deposita no Criador, e que passa pelo Seu Filho –, não será nunca possível ao pecador tornar-se verdadeiro penitente. O Espírito Santo é quem o guia e orienta. É por Ele que o penitente renasce, na contrição; toma consciência do pecado e das suas circunstâncias, na confissão; e se eleva até Deus, na satisfação das obras.
BIBLIOGRAFIA
Fonte
ANTÓNIO DE LISBOA, santo – Obras Completas: Sermões Dominicais e Festivos. Porto: Lello & Irmão, 1987. 2 vol.
Estudos
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O estudo aqui apresentado foi elaborado em 1994, no âmbito da antiga licenciatura em Teologia (UCP), para a disciplina Seminário (Os Sermões de Santo António de Lisboa), ministrada pela Prof. Doutora Cândida Pacheco.
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